O Primeiro Sarau PoAncestral ocorreu no dia 12 de dezembro no CEMET Paulo Freire em Porto Alegre. Este seriado contém vídeos das apresentações realizadas no Sarau. Como foram muitos para uma só noite houve pouco tempo o que provocou uma abordagem resumida.Colocados aqui você pode se informar do tema e seguir aprofundamento na produção dos autores que indicam publicações em livros, artigos ou sites. Foi uma excelente noite publicada aqui para você sorver e até mesmo obter referências para o trabalho.
Professora ANA CRISTINA MOTA é a coordenadora do projeto, desta vez produziu o livro título desta matéria.
Este livro resulta de várias ações entre elas uma pesquisa em trabalho com crianças do terceiro ano, são crianças entre 8 e 9 anos, numa escola integral. Então no primeiro momento, feito um levantamento, dos chás que as crianças gostavam, quando tomavam, algumas crianças nunca tinham provado chás. Feita uma atividade na semana cultural, em Itapoã, que é organizada junto com o museu da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), uma vivência de um dia inteiro.Muito se aprendeu sobre ervas da medicina.
A continuidade do estudo envolveu outras duas escolas indígenas e foi produzido o livro bilíngue, já o quinto do projeto, como explicamos abaixo.
Transcrição do vídeo acima.
Para melhor entender este texto apresentamos alguns termos:
UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Orixá Ossanha: Guardião das ervas, da medicina natural
Itapoã, bairro no extremo sul de Porto Alegre, Zona Rural.
Video da fala de Ana Cristina Mota "Entre as folhas e raizes da ancestralidade".
Rose: falando em envolvimento e ancestralidade, nós vamos chamar aqui, pra apresentar um trabalho que se transformou num livro lindo, produto desse envolvimento entre as Escolas Estaduais Indígenas Nhamandu Nhemopu’ã, juntamente com a EMEF Prof. Ana Íris do Amaral, Entre as folhas e a ancestralidade, chamamos aqui a Prof. Ana Cristina Mota.
Ana Cristina Mota:
Boa noite colegas, quero agradecer o convite e a oportunidade, como é importante a gente se ver e se ouvir, essa escuta de aprendizagem, também, que às vezes, no dia-dia tão corrido que a gente, não consegue nem se olhar e se ouvir, então estes momentos são muito preciosos, gratidão.
Bom, eu vou falar um pouquinho do que foi o projeto Entre as folhas e raizes da ancestralidade, que aconteceu no ano 2023, que envolveu a EMEF Ana Íris do Amaral, a Escola Nhamandu Nhemopu’ã, de Itapuã e a escola indígena da retomada Kaingang, que é bem próxima a escola.(Ana Íris do Amaral)
Nós começamos a trabalhar sobre a questão da medicina ancestral, sobre os chás, de antes das farmácias, essa medicina, que é tão utilizada nos dias de hoje, e que a gente sabe tão pouco.
Então eu fiz uma pesquisa, eu trabalho com crianças do terceiro ano, são crianças entr 8 e 9 anos, a nossa escola ela é integral. Então no primeiro momento, a gente fez o levantamento, dos chás que as crianças gostavam, quando tomavam, tinha crianças que nunca tinham provado. E a gente fez atividade na semana cultural, lá em Itapoã, que é organizada junto com o museu da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a gente faz uma vivência de um dia inteiro. E lá a gente aprendeu bastante coisa sobre ervas da medicina. E depois a gente continuou estudando, e aí a gente chamou as famílias das crianças pra apresentarem os chás.
E aí a gente fez um canteiro na escola e foi plantando, a camomila, os chás mais comuns assim o poejo, o guapo. E a gente foi estudando o nome científico, as propriedades, fazendo os relatórios.
Mais tarde a gente trabalhou também com a retomada Kaingang, que é bem próxima a escola, que a Cacica Ghã Tê, a gente foi até a retomada, depois a Cacica foi até a escola, levando seus conhecimentos. Que ela sabe muita coisa, é uma potencialidade incrível.
E mais tarde, em agosto, a gente realizou o projeto. Daí nós trabalhamos com o projeto, com Ossanha, com o Orixá das ervas, das plantas, ele tá ali na mesinha (exposição no Sarau) lá representando.
Nós chamamos uma Yá pra falar, sobre as folhas. Fui trabalhando com as crianças o ______ continuou trabalhando a medicina das folhas. E a Iá fez uma tarde lá falando sobre o orixá Ossanha. Fizemos uma roda, foi bem bonito.
E, mais tarde, foi uma tataravó duma aluna, que também é Yálorixa, falar. Ela é herveira, benzedeira, referência lá da comunidade, foi lá fez uma fala da vida, como aprendeu, os conhecimentos que teve com os avós, tudo isso foi registrado. E agora virou um livro.
Lançado dia 10 de novembro na Feira do Livro (de Porto Alegre), junto com a comunidades indígenas, com as Yás, a vó Yá não foi. A gente dá um desconto, porque também 94 anos, não é todas as vibes que dá pra curtir não é?
E foi um momento muito bacana dessa culminância da feira do livro, foi muito emocionante.
Quero dizer que esse livro só foi possível ser feito, por que a gente foi contemplada por uma emenda impositiva da vereadora Bruna, era vereadora Bruna Rodrigues, agora deputada estadual,
e, sem esse apoio não teria como fazer. Eu já fiz em outros anos, e quem acompanha o trabalho sabe que cada ano é uma… não é, teve um ano que foi vaquinha eletrônica, né Cláudinha. Foi difícil, mesmo om a ajuda gráfica da UFRGS, foi muito difícil que foi o A voz dos avós. E, quando tem a verba fica tudo mais tranquilo.
Então, tá aqui o livro Entre folhas e raizes da ancestralidade, ele está à venda ali (exposição) também. Essa verba vai voltar para a escola, eu tô juntando lá, pra levar a semana que vem, para uma palestrante. O dinheiro é… vai movimentando pra outros projetos, isto não pára, o valor é 30 reais, quem quiser conhecer mais ele tá ali, à disposição.
Aplauso.
Onde comprar o livro e os livros anteriores do projeto
“Entre as folhas e raizes da ancestralidade” com a Prof. Ana Cristina Mota anacristinamotta17@gmail.com
“ A voz dos avós” no museu da UFRGS - Museu comunitário @museu.ufrgs
“Curumin contou” @museu.ufrgs
“Crianças e infâncias.@museu.ufrgs
https://www.ufrgs.br/poancestral/
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